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DÚVIDAS SOBRE CIRURGIA REFRATIVA

Quem pensa realizar uma cirurgia refrativa, às vezes,  passa por inseguranças, dúvidas, medo e incertezas. Esse processo é natural, afinal, o olho é um dos órgãos essenciais do seu corpo.

Mas nada melhor que a informação e o acesso ao conhecimento para tomar decisões seguras e conscientes. Pensando nisso, preparamos uma série de perguntas e respostas sobre Cirurgia Refrativa. Confira!

  • 1 - O que são erros refrativos?
    Visão nítida é o resultado da focalização das imagens na retina após passarem pelos meios transparentes do olho (córnea, humor aquoso, cristalino e humor vítreo), transformando-se em impulsos nervosos que são então transmitidos ao cérebro. Quando a imagem não é focalizada sobre a retina, a visão não é nítida, estabelecendo-se, assim, os diferentes erros de refração. Nos olhos emétropes (normais), os raios de luz atravessam os meios transparentes, são focalizados na retina pela córnea e pelo cristalino, formando uma imagem nítida que é transmitida ao cérebro. O cristalino, especialmente elástico em jovens, é ajustado pelos músculos ciliares durante a acomodação para garantir o foco adequado. Erros de refração impedem que o olho projete uma imagem em foco na retina, resultando em visão borrada. Em resumo, no olho normal, a luz entra pela córnea, passa pela lente natural dos olhos, o cristalino, e é focalizada na retina. Após atingir este estágio, a luz é transmitida para o cérebro e interpretada como visão. Veja a ilustração: (A) emetropia, (B) miopia, (C) hipermetropia, (D) astigmatismo. Vejamos a seguir quais são os erros de refração existentes: Miopia Se você tem miopia, a luz converge para um ponto à frente da retina, o que causa a perda de nitidez em objetos distantes. É o distúrbio visual refrativo mais comum em todo o mundo. Sintomas da Miopia Você tem dificuldade para ver objetos à distância, pois eles parecem desfocados e sem contornos definidos - você pode apertar os olhos para tentar focar. À noite, as luzes podem parecer "explodir" em bolas coloridas. No entanto, você consegue focar objetos minúsculos que estão bem próximos dos olhos. Hipermetropia Se você tem hipermetropia, a luz converge para um ponto atrás da retina, fazendo com que os objetos de perto percam nitidez mais do que os objetos distantes. A hipermetropia pode ter duas causas principais: a córnea ter sua curvatura alterada, sendo mais plana que o normal, ou o comprimento do olho ser menor do que o normal. Valores elevados de hipermetropia frequentemente estão relacionados a hipermetropias hereditárias. Sintomas da Hipermetropia Você pode ler placas de estrada à distância sem problemas, mas precisa forçar a vista para ver de perto, como focar letras em um livro. Isso pode causar cansaço visual e até dores de cabeça. Astigmatismo O astigmatismo ocorre quando a córnea possui um formato irregular, resultando na formação do foco da visão em múltiplos pontos, dificultando a formação de uma imagem nítida. Isso ocorre porque uma córnea normal é redonda e lisa, mas no caso dos astigmatas, ela é ovalada, o que faz com que a luz se refrate por vários pontos da retina, em vez de se focar em apenas um. Sintomas do Astigmatismo Sua visão é desfocada ou distorcida tanto de longe quanto de perto. Você tem grande sensibilidade à luz, o que pode lhe causar dor de cabeça, fadiga e dor muscular ao redor dos olhos. Presbiopia A presbiopia é a perda da capacidade do cristalino de mudar de forma para focar em objetos próximos (perda da acomodação), o que ocorre com o avançar da idade. Geralmente, essa condição começa por volta dos 40 anos e é um processo natural do envelhecimento humano, afetando comumente pessoas até os 50 anos em graus leves, moderados ou severos. Sintomas da Presbiopia O principal sintoma da presbiopia é a diminuição da acuidade visual para objetos próximos, e é comumente referida como "vista cansada". Popularmente, diz-se que os braços ficaram curtos para a leitura. Na realidade, essa expressão mostra a dificuldade de focar objetos próximos, levando o paciente a posicionar esses objetos a uma distância maior para ter conforto visual durante a leitura. A medicina avançou significativamente em todas as áreas e, no campo da oftalmologia, agora é possível reduzir ou eliminar a miopia, hipermetropia e astigmatismo através da cirurgia refrativa. Este procedimento é altamente seguro, proporcionando aos pacientes uma melhoria imediata na visão e resultados duradouros. A cirurgia refrativa é reconhecida como um dos procedimentos mais seguros na oftalmologia atualmente. No entanto, é fundamental verificar se o médico que realizará a cirurgia possui a qualificação necessária para o procedimento.
  • 2 - Quando a Cirurgia Refrativa deve ser considerada?
    A decisão de realizar uma cirurgia refrativa é baseada em vários fatores, incluindo a estabilidade da prescrição óptica, a idade do paciente e a saúde ocular geral. Geralmente essa cirurgia é considerada quando: Estabilidade da prescrição: a prescrição do paciente deve estar estável por pelo menos um ano antes da cirurgia. Mudanças significativas podem afetar os resultados. Idade adequada: a maioria das cirurgias refrativas é realizada em adultos jovens, após a estabilização da visão. Algumas técnicas podem ser adequadas para adolescentes, desde que sejam aprovadas pelo médico. Boa saúde ocular: o paciente não deve ter doenças oculares graves, como catarata não tratada, glaucoma avançado ou degeneração macular. Expectativas realistas: é essencial que o paciente tenha expectativas realistas sobre os resultados da cirurgia. Embora a maioria dos pacientes obtenha uma visão significativamente melhor, resultados perfeitos não são garantidos. Estilo de vida: pacientes ativos ou aqueles que não desejam depender de óculos ou lentes de contato podem considerar a cirurgia refrativa como uma alternativa viável. A evolução da oftalmologia nos últimos anos trouxe grandes avanços no diagnóstico e tratamento de doenças oculares. Os pacientes mais beneficiados são aqueles que apresentam esses problemas oculares cientificamente chamados de erros de refração. No geral, para realizar o procedimento são avaliados: o grau do erro refrativo, a espessura e a curvatura da córnea, e doenças oculares pré-existentes.
  • 3 - Como é planejada a Cirurgia Refrativa?
    Com base em um exame tridimensional que reúne todas as informações sobre a visão do paciente, o cirurgião planeja um tratamento de correção visual específico e personalizado. A tecnologia de reconhecimento da íris permite que o laser molde a córnea do paciente de acordo com o planejamento inicial, atendendo às suas necessidades e esculpindo-a delicadamente.
  • 4 - Quais são os exames pré-operatórios para a Cirurgia Refrativa?
    Assim como qualquer cirurgia, a refrativa também exige a realização de exames preliminares. Esses procedimentos visam verificar a curvatura da córnea, já que cada paciente apresenta irregularidades diferentes e características únicas. Veja abaixo os exames solicitado pelo oftalmologista: Tomografia da Córnea (Pentacam) O Pentacam, também chamado de tomografia da córnea, é um dos exames mais importantes antes da cirurgia refrativa. Ele faz uma leitura apurada da córnea, sendo fundamental no diagnóstico, avaliação e acompanhamento de uma série de doenças que afetam a porção anterior ocular. Avaliação de fundo de olho O exame de fundo de olho, realizado por meio da oftalmoscopia, faz parte do exame clínico e avalia as seguintes estruturas oculares: artérias, veias, nervo óptico, retina, cristalino, pupila, câmara anterior e mácula. É um exame não invasivo que fornece informações importantes para a avaliação do paciente com doenças oculares que vai fazer algum tipo de cirurgia. Mapeamento da retina Esse exame deve ser realizado em todos os pacientes, especialmente em diabéticos, hipertensos, usuários de determinadas medicações e em avaliações pré e pós-operatórias, para a identificação de alterações que podem preceder um descolamento de retina. Com esse exame é possível diagnosticar ou avaliar a evolução de doenças, como degenerações retinianas, doenças da mácula, tumores, oclusões vasculares, hemorragias e infecções. Paquimetria ultrassônica Este exame mede a espessura da córnea, que pode estar aumentada ou diminuída em diversas circunstâncias. A paquimetria é indicada nos casos de suspeita de glaucoma, edema de córneas e pré-operatórios de cirurgias refrativas. O exame é indolor e de rápida execução. Esses exames ajudam a identificar pacientes com maior risco de complicações futuras e a contraindicar o procedimento quando necessário. Se os exames estiverem dentro da normalidade, a cirurgia pode ser realizada com segurança. Após os exames, o oftalmologista avalia se há indicação para a cirurgia, se ela pode ser realizada e define, juntamente com o paciente, a técnica mais indicada ou conveniente para o seu caso.
  • 5 - Quais os Tipos de Cirurgia Refrativa?
    Existem alguns tipos de cirurgias refrativas mais comuns: . Cirurgia PRK (Photorefractive Keratectomy) A técnica PRK é uma das pioneiras na correção de problemas visuais como miopia, hipermetropia e astigmatismo. Desenvolvida no final dos anos 1980, continua sendo uma opção eficaz, especialmente para pacientes com córneas finas ou curvaturas irregulares, pois não envolve incisões na córnea. O procedimento começa com a remoção da camada superior externa da córnea, chamada epitélio, através de um instrumento cirúrgico especial chamado microcerátomo ou com o laser Excimer. A remoção do epitélio expõe as camadas internas da córnea, permitindo o acesso direto do laser. Com a córnea exposta, o laser Excimer é utilizado para remodelar a curvatura da córnea. Após a aplicação do laser, uma lente de contato terapêutica é colocada sobre a córnea para proteger a área tratada e promover a cicatrização. Esta lente ajuda a reduzir o desconforto e protege a córnea de agentes externos durante o processo de recuperação. A PRK é uma excelente opção para pacientes com córneas finas, já que não envolve a criação de um flap corneano, preservando mais tecido corneano. Além disso, a ausência de um flap elimina o risco de complicações associadas ao deslocamento ou infecção do flap, um problema potencial no LASIK. Na recuperação da PRK, o processo de cicatrização do epitélio removido pode levar de alguns dias a uma semana. Durante esse período, os pacientes podem experimentar desconforto e visão turva, que melhoram gradualmente à medida que a camada corneana se regenera. O oftalmologista pode prescrever medicamentos e colírios para ajudar nesse processo. Cirurgia LASIK (Laser-Assisted in Situ Keratomileusis) A técnica LASIK tem sido amplamente utilizada por mais de duas décadas para corrigir erros refrativos como miopia, hipermetropia e astigmatismo. Muitos cirurgiões têm uma vasta experiência com essa técnica e, além disso, a maioria das clínicas de correção da visão a laser possui a tecnologia necessária para realizar o LASIK, tornando-o amplamente disponível. A principal característica do LASIK é a criação de um flap (aba) na camada externa da córnea, para que o laser possa ter acesso diretamente às camadas mais internas da córnea que devem ser remodeladas para a correção do erro refrativo, evitando danos aos tecidos adjacentes. Diferentemente da técnica PRK, onde o epitélio, camada mais externa da córnea, é removido, no LASIK ele é temporariamente deslocado, mas permanece intacto e protegido durante a cirurgia. Abaixo do epitélio, na camada chamada estroma, o cirurgião faz uma pequena incisão circular utilizando um instrumento cirúrgico chamado microcerátomo, criando um flap (aba). Este flap é então levantado, permitindo o acesso às camadas internas do tecido corneano. Em seguida, o laser Excimer é aplicado nas camadas internas para remodelar a curvatura da córnea, vaporizando pequenas quantidades de tecido corneano com extrema precisão, em um processo conhecido como ablação, corrigindo assim os erros refrativos. Após a remodelação, o flap corneano é recolocado no lugar, funcionando como uma bandagem natural, sem necessidade de pontos. A recuperação do LASIK é rápida e geralmente indolor, permitindo que os pacientes retomem suas atividades diárias no mesmo dia, com algumas restrições nos primeiros dias. A visão geralmente melhora significativamente nas primeiras 24 horas após o procedimento. A técnica LASIK não é indicada para pacientes com córneas finas, pois criar o flap necessário pode deixar a córnea demasiado fina, aumentando o risco de complicações. Também não é recomendada em casos de miopia elevada, onde a quantidade de tecido a ser removida pode ultrapassar o limite seguro, resultando em uma córnea instável. Alternativas como PRK ou SMILE são mais seguras, pois não envolvem a criação de um flap corneano. .Cirurgia LASIK com Femtosecond Laser A técnica LASIK com laser Femtosecond é uma evolução da técnica LASIK tradicional. Em vez de usar um microcerátomo mecânico para criar o flap, o laser Femtosecond é utilizado, criando o flap corneano de forma mais precisa, menos invasiva e com exatidão. Depois o laesr Excimer é aplicado nas camadas internas da córnea para corrigir a curvatura, similar ao LASIK tradicional. Após a remodelação da córnea, o flap é recolocado no lugar, sem necessidade de pontos. A recuperação é mais rápida e confortável em comparação com o LASIK tradicional. Essa técnica é indicada para pacientes que buscam uma solução mais avançada e segura para a correção de erros refrativos, especialmente aqueles com espessura corneana suficiente e que desejam minimizar os riscos associados ao uso de lâminas. Em resumo, tanto o LASIK tradicional quanto o LASIK com Femtosecond Laser são eficazes para a correção de erros refrativos, oferecendo uma recuperação rápida e resultados visuais excelentes. A escolha entre as duas técnicas depende das características individuais do paciente e da preferência pela precisão adicional e segurança proporcionadas pelo laser Femtosecond. . Cirurgia SMILE (Small Incision Lenticule Extraction) A técnica SMILE é uma abordagem moderna e minimamente invasiva para a correção de erros refrativos, como miopia e astigmatismo. A cirurgia envolve o uso do laser Femtosecond, um laser infravermelho de pulso extremamente curto, capaz de fazer microperfurações precisas no tecido corneano sem afetar as áreas ao redor. O laser cria uma lentícula (um pequeno pedaço de tecido em forma de lente) dentro da córnea, com o grau a ser corrigido. Depois o laser cria uma pequena incisão de acesso, com menos de 4 mm de largura, na superfície da córnea, por onde o cirurgião remove a lentícula alterando a forma da córnea e corrigindo o erro refrativo. Diferentemente de outras técnicas, a SMILE não requer a criação de um flap ou a remoção total do epitélio corneano. A estabilidade da córnea é mantida, pois as camadas superiores praticamente não são afetadas, havendo também uma maior preservação de tecido corneano, tornando a técnica ideal para pacientes com córneas mais finas ou vulneráveis. A cicatrização ocorre com mínimo desconforto, e a pequena incisão se recupera rapidamente. Os pacientes geralmente podem retomar atividades cotidianas, como dirigir, trabalhar, maquiar-se e praticar esportes, poucos dias após a cirurgia. . Cirurgia Refrativa com Lente Intraocular Fácica (LIOs Fácicas) As lentes intraoculares fácicas são dispositivos implantáveis utilizados para corrigir erros de refração, como miopia, hipermetropia e astigmatismo, especialmente em pacientes que não são candidatos ideais para a cirurgia de correção a laser. Fatores como espessura corneana fina, graus elevados de miopia ou astigmatismo, ou condições oculares específicas podem contraindicar o laser, tornando as LIOs fácicas uma excelente alternativa. Essas lentes são implantadas dentro do olho por meio de uma pequena incisão, mas, ao contrário das lentes intraoculares convencionais usadas em cirurgias de catarata, as lentes fácicas não substituem o cristalino (lente) natural do olho. Em vez disso, elas são posicionadas entre a córnea e o cristalino ou na frente da íris, sem modificar a curvatura da córnea. As lentes intraoculares fácicas são permanentes e têm a função de corrigir o grau de refração, melhorar a passagem da luz no olho e proteger a retina dos raios ultravioletas. O implante da lente intraocular fácica costuma corrigir de 80% a 90% do grau, e, dependendo do grau residual, há a possibilidade de realização de uma correção adicional com laser após alguns meses do implante. Existem diversos tipos de lentes disponíveis, como monofocal esférica, asférica, monofocal asférica tórica, multifocal e multifocal tórica, permitindo personalizar o tratamento de acordo com as necessidades do paciente. As LIOs fácicas são indicadas para pessoas com altos graus de miopia, hipermetropia e astigmatismo. Em termos de capacidade de correção, é possível tratar miopia de até 21 graus, hipermetropia de até 10 graus e astigmatismo de até 6 graus. Para que o paciente seja considerado um bom candidato, é importante que esteja na faixa etária entre 21 e 50 anos e que seu grau esteja estabilizado há pelo menos um ano. Mais liberdade! Enquanto algumas pessoas se prendem ao receio de encarar o procedimento cirúrgico, os relatos de quem já passou por uma Cirurgia Refrativa são animadores e encorajadores. Pacientes destacam a liberdade de acordar sem precisar procurar os óculos na cabeceira, a possibilidade de correr e praticar esportes sem embaçar os óculos, e até mesmo a diminuição de tropeços dentro de casa, o que torna o dia a dia mais confortável e melhora significativamente a qualidade de vida. É importante lembrar que cada pessoa, assim como cada olho, tem suas singularidades. Portanto, é fundamental discutir com o seu oftalmologista qual técnica é mais adequada para o seu caso específico, garantindo um resultado que atenda às suas expectativas e necessidades.
  • 6 - De que forma é feita a Cirurgia Refrativa?
    A cirurgia refrativa visa corrigir problemas de visão por meio do remodelamento da córnea, a parte frontal dos olhos. Utilizando lasers de alta precisão, a curvatura natural da córnea é alterada, ajustando assim o grau de visão do paciente. O procedimento dura de 5 a 10 minutos por olho e é feito com anestesia local aplicada em forma de colírio. As principais técnicas de cirurgia refrativa a laser incluem LASIK, SMILE, PRK, além de opções sem laser, como o uso de Lentes Fácicas. PRK (Photorefractive Keratectomy) A técnica de cirurgia refartiva PRK é semelhante ao LASIK, mas não requer a criação de um flap na córnea. Nesta técnica, a camada mais superficial da córnea, o epitélio, é removida, e o laser Excimer é aplicado diretamente sobre a superfície. Ao final, uma lente de contato terapêutica é colocada para proteger a córnea enquanto o epitélio se regenera. Indicação: Córneas mais finas. LASIK (Laser-Assisted in Situ Keratomileusis) Na técnica LASIK, é criada uma fina aba (flap) na córnea, que permanece parcialmente conectada. O laser Excimer é então aplicado na parte interna da córnea, remodelando-a para melhorar a focalização da luz nos olhos. Após a correção, o flap é reposicionado. Indicação: Graus baixos e medianos. LASIK com Femtosecond Nesta técnica o flap é criado usando um laser Femtosecond de alta precisão, eliminando o uso de lâminas. Após o corte do flap, o laser Excimer corrige o erro refrativo. Indicação: Graus mais elevados. SMILE (Small Incision Lenticule Extraction) A técnica SMILE é uma cirurgia minimamente invasiva que utiliza o laser Femtosecond, que faz um corte com precisão nanométrica, permitindo uma recuperação mais rápida e cicatrização de alta qualidade, sem a necessidade de flap corneano. Indicação: Miopia, astigmatismo ou uma combinação de ambos (não indicada para hipermetropia). Lentes Intraoculares Fácicas (LIOs) As lentes intraoculares fácicas são indicadas para corrigir graus mais altos de ametropias, como miopia, astigmatismo ou hipermetropia. Essas lentes são consideradas seguras e eficazes, com baixas taxas de complicações. Diferentemente das técnicas que utilizam o laser para a alteração da curvatura da córnea para correção do erro refrativo, as lentes são implantadas entre o cristalino e a íris, através de pequena incisão na córnea, sem a remoção do cristalino (lente natural do olho). Indicação: altos graus de miopia (até 23 graus) e astigmatismo (até 6 graus). Pacientes entre 21 e 50 anos, com grau estabilizado por pelo menos 1 ano.
  • 7 - Qual a diferença entre as técnicas LASIK e PRK?
    A principal diferença entre as técnicas LASIK e LASIK está na camada da córnea onde o procedimento é realizado. Na técnica LASIK (Laser-Assisted In Situ Keratomileusis), recomendada para pacientes com córneas mais espessas e resistentes, o cirurgião cria um pequeno corte na superfície da córnea para levantar um flap (lâmina de cerca de 0,1 mm de espessura). Com o flap levantado, o laser é aplicado para corrigir a curvatura da córnea, e, ao final, o flap é reposicionado, funcionando como uma camada protetora natural. Já a PRK (Photorefractive Keratectomy) é indicada para pacientes com córneas mais finas, pois a criação do flap pode enfraquecer ainda mais a córnea. Neste procedimento, o cirurgião remove a camada superficial da córnea (epitélio) através de uma raspagem. Com o epitélio removido, a parte interna da córnea fica exposta, permitindo que o laser seja aplicado diretamente para remodelar sua curvatura e corrigir o erro refrativo. Ambas as técnicas são eficazes para a correção de erros refrativos, e a escolha entre elas dependerá das características individuais da córnea de cada paciente.
  • 8 - Qual tipo de Cirurgia Refrativa é mais indicado?
    A escolha do tipo de cirurgia refrativa mais indicada depende de vários fatores, como o tipo e grau do erro refrativo, a espessura e saúde da córnea, idade, estilo de vida. Uma avaliação detalhada será feita pelo oftalmologista, que inclui exames de topografia e paquimetria da córnea, avaliação da saúde ocular e análise das necessidades e expectativas do paciente. O oftalmologista considerará todos esses fatores para determinar qual procedimento oferecerá os melhores resultados para cada caso específico.
  • 9 - Quais as diferenças entre PRK, LASIK e SMILE?
    Embora todas as cirurgias tenham altíssimos níveis de segurança e taxas de sucesso (acima de 95%), há diferenças importantes entre os três procedimentos. Confira: 1. PRK (Photorefractive Keratectomy) A técnica PRK é considerada a primeira geração de cirurgias refrativas, sendo o procedimento mais antigo desta categoria. Apesar de também apresentar excelentes resultados, é a que causa mais desconforto no pós-operatório e exige mais cuidados. Como funciona Para que o laser possa ser aplicado na córnea, corrigindo sua curvatura e o problema oftalmológico, é realizada uma desepitelização, ou seja, a raspagem da camada externa da córnea, com laser ou instrumento especial. Após a aplicação do laser e a correção do erro refrativo, são colocadas lentes de contato temporárias até que a camada epitelial se regenere. Após a cicatrização, o paciente retorna para a remoção dessas lentes. Indicações A PRK é indicada para tratar miopia, astigmatismo e hipermetropia, isoladamente ou combinados. É o procedimento mais recomendado para quem tem córneas muito finas ou graus elevados de miopia (acima de 8º). Pós-operatório O pós-operatório da PRK é o mais longo e exige mais cuidados devido à recuperação do epitélio. Nas primeiras semanas, são recomendadas as seguintes precauções: Evitar contato com água (piscinas, mares, lagos) por pelo menos uma semana, para prevenir infecções. Usar óculos de sol ao sair, para proteger os olhos da luz intensa. Não esfregar ou coçar os olhos, especialmente nas primeiras semanas após o procedimento. Seguir rigorosamente o uso de colírios e medicamentos prescritos pelo oftalmologista. A recuperação completa do epitélio pode levar até um ano, mas as atividades cotidianas podem ser retomadas com moderação após a remoção das lentes de contato temporárias. 2. LASIK (Laser-Assisted in Situ Keratomileusis) A cirurgia LASIK faz parte da segunda geração de cirurgias refrativas e oferece várias vantagens em relação à PRK, sendo um procedimento menos invasivo e com um pós-operatório mais rápido e confortável. Como funciona Com o auxílio do laser Femtosecond, é feita uma pequena incisão circular na córnea, criando um “flap” corneano. O laser é aplicado na camada intermediária da córnea, e o flap é reposicionado ao final do procedimento. As pequenas incisões são cicatrizadas naturalmente pelo epitélio ao longo do tempo. Indicações A LASIK é indicada para corrigir miopia, astigmatismo e hipermetropia, assim como a PRK, mas costuma ser mais recomendada por ser mais moderna e proporcionar uma recuperação mais rápida. Pós-operatório As recomendações para as primeiras semanas são semelhantes às da PRK. O paciente costuma ser chamado para revisões em um dia, uma semana e um mês após a cirurgia para monitorar a recuperação. Em geral, é possível retomar atividades leves em poucos dias, mas atividades mais intensas devem ser evitadas por no mínimo 30 dias. A recuperação completa ocorre em cerca de 3 meses. 3. SMILE (Small Incision Lenticule Extraction) A técnica SMILE é a mais moderna e faz parte da terceira geração de cirurgias refrativas. É a menos invasiva, realizada por meio de uma pequena incisão na córnea, sem a necessidade de criar um flap corneano. Como funciona Esta técnica utiliza tecnologia de laser Femtosecond de alta precisão e é caracterizada por cortes nanométricos, permitindo uma recuperação mais rápida e melhor cicatrização, além de maior conforto no pós-operatório. A cirurgia é totalmente a laser, desde o corte até a modelagem da córnea com Excimer laser, o que a torna mais segura e previsível, especialmente para pacientes com córneas mais finas. Indicações A técnica é indicada principalmente para a correção de miopia e astigmatismo. É especialmente recomendado para pacientes que possuem córneas finas ou que desejam um procedimento menos invasivo. Devido à menor intervenção no tecido corneano, essa técnica também é uma boa opção para pessoas que praticam esportes de contato, pois há menos risco de complicações associadas ao flap corneano, presente em outras técnicas como a LASIK. Pós-operatório O pós-operatório do SMILE é conhecido por ser o mais confortável entre as três técnicas, com menor tempo de recuperação. Os pacientes geralmente sentem menos desconforto e podem retomar suas atividades cotidianas com mais rapidez. As recomendações para as primeiras semanas são semelhantes às da PRK e LASIK. A recuperação visual é rápida, e muitos pacientes já notam uma melhora significativa na visão nas primeiras 24 horas após o procedimento. No entanto, a estabilização completa da visão pode levar algumas semanas. em geral, os pacientes podem voltar às suas atividades normais, incluindo exercícios físicos leves, em poucos dias, com o retorno completo às atividades esportivas em aproximadamente uma semana.
  • 10 - Lasik ou PRK - Qual a cirurgia com melhor resultado?
    Tanto o LASIK (Laser-Assisted In Situ Keratomileusis) quanto o PRK (Photorefractive Keratectomy) são técnicas altamente eficazes para corrigir erros de refração como miopia, hipermetropia e astigmatismo. A escolha entre as duas depende de fatores individuais, incluindo a espessura da córnea, estilo de vida e expectativas em relação à recuperação. No LASIK, os pacientes se beneficiam de uma recuperação visual quase imediata e pouco desconforto, graças à criação de um flap na córnea (fina aba), sob o qual o laser é aplicado. Esta técnica é ideal para pessoas que têm córneas de espessura adequada e que desejam uma recuperação rápida, com melhora visual significativa em 24-48 horas. Entretanto, há um pequeno risco de complicações associadas à aba corneana, como deslocamento ou infecção, principalmente para quem pratica esportes de contato. O PRK, por outro lado, é muitas vezes recomendado para pacientes com córneas mais finas ou para aqueles que têm um estilo de vida ativo, que pode colocar em risco o flap criado durante o LASIK. No PRK, a camada superficial da córnea é completamente removida antes da remodelação a laser. Embora o período de recuperação possa ser um pouco mais longo e possa envolver mais desconforto inicialmente, o PRK elimina o risco de complicações relacionadas ao flap corneano. Ambas as cirurgias proporcionam excelentes resultados visuais a longo prazo, e a escolha entre elas deve ser feita com base em uma avaliação detalhada da saúde ocular, das atividades diárias e das expectativas do paciente. Compreender as vantagens e limitações de cada técnica permite que se faça a escolha correta e que o paciente se sinta completamente confortável com seu plano de tratamento.
  • 11 - Os métodos LASIK e LASIK Femtosecond são os mesmos?
    Os métodos LASIK e LASIK Femtosecond diferem na forma como o flap corneano é criado. No LASIK tradicional, o flap é feito com um microcerátomo, que é uma lâmina mecânica utilizada para cortar a camada superior da córnea. Esse corte permite que o cirurgião levante o flap e aplique o laser Excimer para remodelar a córnea. Embora eficaz, o uso da lâmina mecânica pode apresentar um risco ligeiramente maior de complicações, como cortes irregulares ou incompletos. Já no LASIK Femtosecond (ou Femto-LASIK), o flap é criado com um laser Femtosecond, que emite pulsos ultrarrápidos para realizar o corte com extrema precisão. Isso permite a criação de um flap mais fino e uniforme, reduzindo o risco de complicações associadas ao corte. Após a criação do flap com o laser Femtosecond, o procedimento segue as mesmas etapas do LASIK tradicional, com o uso do laser Excimer para corrigir a curvatura da córnea. O LASIK Femtosecond apresenta várias vantagens em relação ao método tradicional, como maior precisão na criação do flap, menor risco de complicações e recuperação mais rápida e confortável para o paciente. Assim, embora ambos os métodos sejam eficazes, o LASIK Femtosecond é considerado uma técnica mais avançada e segura devido ao uso do laser para criar o flap, embora o custo do procedimento seja mais elevado que o LASIK tradicional. No entanto, os cirurgiões oculares não têm uma opinião uniforme de que um método é clinicamente superior ao outro. A decisão entre os dois é baseada nas condições existentes do paciente e nas preferências do médico.
  • 12 - A Cirurgia Refrativa pode ser feita em pessoas com o grau baixo?
    Sim, desde que sejam bons candidatos ao procedimento. Mesmo em casos de miopia, hipermetropia ou astigmatismo leves, a cirurgia pode ser uma opção para quem deseja reduzir ou eliminar a dependência de óculos ou lentes de contato. Porém, é importante considerar que a cirurgia é uma intervenção médica e, como tal, deve ser cuidadosamente avaliada por um oftalmologista. Ele verificará fatores como a estabilidade do grau, a espessura da córnea, a saúde geral dos olhos e as expectativas do paciente em relação aos resultados. Em alguns casos, o oftalmologista pode aconselhar o paciente a considerar alternativas, especialmente se o grau for muito baixo e não causar grande desconforto no dia a dia.
  • 13 - A Cirurgia Refrativa pode ser feita em pessoas com o grau muito alto?
    A cirurgia a laser pode corrigir graus mais altos, mas é necessário respeitar certos limites, como a curvatura e a espessura corneana. Ela é geralmente indicada para pessoas com até 10 graus de miopia e até 6 graus em casos de hipermetropia e astigmatismo. Quando a cirurgia refrativa corneana a laser é contraindicada, seja devido à espessura da córnea ou a alguma condição pré-existente, existem outras opções para a correção do grau, como o implante de lentes fácicas. Nesse procedimento, uma lente é implantada dentro do olho, sem a remoção do cristalino, que é a lente natural do olho. Isso permite que o paciente fique livre do uso de óculos.
  • 14 - A Cirurgia Refrativa é indicada para qualquer pessoa?
    A cirurgia refrativa é indicada para pacientes com miopia, hipermetropia e astigmatismo que têm desejo de diminuir a dependência de óculos ou lentes de contato, mas há critérios específicos que precisam ser atendidos para garantir a segurança e eficácia do procedimento. É necessário que o grau de refração esteja estável por pelo menos um ano e o paciente deve ter mais de 18 anos, não podendo também a cirurgia ser realizada em mulheres grávidas ou amamentando. Condições como ter catarata, glaucoma, doenças da retina ou ceratocone além de doenças autoimunes ou diabetes não controlada podem contraindicar a cirurgia, pois podem impactar a cicatrização. Uma avaliação oftalmológica completa é fundamental para determinar a elegibilidade e a técnica mais adequada para o procedimento.
  • 15 - A Cirurgia Refrativa dói?
    Não, pois a cirurgia é realizada sob anestesia local, geralmente em forma de colírio anestésico, que adormece a superfície do olho. Durante o procedimento, você pode sentir uma leve pressão, mas não deve sentir dor.
  • 16 - A Cirurgia Refrativa a Laser tem riscos? É segura?
    Quando bem indicada, a cirurgia refrativa a laser é extremamente segura. Durante a consulta pré-operatória minuciosa, são avaliados diversos parâmetros do olho, como espessura e curvatura da córnea, saúde da retina e a presença de erros de refração com e sem dilatação da pupila. Além disso, critérios como estabilidade do grau há pelo menos um ano e a idade mínima para o procedimento também são considerados. Realizada sob condições ideais, essa cirurgia apresenta mínimos riscos de complicações em relação aos benefícios que proporciona. Entre os sintomas transitórios no pós-operatório estão desconforto ocular, como ardência e lacrimejamento, visão borrada e instável, olho seco, halos ao redor das luzes e sensibilidade à luz. Esses sintomas geralmente desaparecem com o tempo e o uso de colírios. Em alguns casos, o grau de refração pode não ser corrigido completamente, resultando em hipocorreção ou hipercorreção. Isso pode levar à necessidade de uso de óculos, lentes de contato ou uma nova cirurgia para ajustar os pequenos graus residuais após alguns meses, caso seja necessário. Enfim, a maioria das complicações que ocorre pode ser tratada e resolvida sem interferir na qualidade da visão. No entanto, é fundamental seguir todas as recomendações do seu oftalmologista e fazer o acompanhamento pós-operatório conforme orientado para minimizar riscos e garantir a melhor recuperação possível.
  • 18 - Como é a Cirurgia Refrativa com Lente Intraocular?
    Há casos em que a cirurgia refrativa a laser pode não ser recomendada. Assim, o médico oftalmologista pode recomendar a cirurgia com uma Lente Intraocular Fácica (LIO Fácica). A lente intraocular é permanente e mais indicada para os olhos que possuem a curvatura da córnea mais fina ou graus de miopia ou astigmatismo mais elevados. Nessa cirurgia, a lente intraocular é implantada dentro do olho entre o cristalino e a íris, através de pequena incisão na córnea, sem a remoção do cristalino (lente natural do olho), corrigindo assim o erro de refração existente.
  • 19 - Os resultados da Cirurgia Refrativa são permanentes?
    Sim. Normalmente a correção é total e estável. No entanto, com o tempo, a visão pode mudar devido ao envelhecimento, alterações na saúde ocular ou outras condições, como a presbiopia. Essas mudanças podem exigir o uso de óculos, lentes de contato adicionais ou nova cirurgia.
  • 20 - Quanto tempo após a cirurgia pode-se voltar às atividades normais?
    Os primeiros 2 a 3 dias após a cirurgia são os que necessitam mais atenção. O tempo para retomar as atividades normais após a cirurgia refrativa varia, mas, em geral, muitas pessoas conseguem voltar à maioria das atividades cotidianas em poucos dias. A maioria dos pacientes pode retornar ao trabalho em 1 a 3 dias, dependendo da natureza do trabalho e do nível de conforto visual. Exercícios leves, como caminhadas, podem ser retomados após cerca de 3 dias, mas é importante evitar contato direto com os olhos. Atividades físicas intensas, como esportes de contato, devem ser evitadas por pelo menos 2 a 4 semanas. A maioria dos pacientes pode dirigir no dia seguinte à cirurgia, desde que a visão esteja clara e confortável. O uso de eletrônicos, como celular, TV e computador, pode ser retomado no dia seguinte, embora seja recomendável fazer pausas regulares para evitar o cansaço ocular. É fundamental seguir as orientações do oftalmologista e adaptar o retorno às atividades com base na recuperação individual.
  • 21 - Quais os benefícios da Cirurgia Refrativa?
    Ao dispensar o uso de óculos de grau e lentes de contato, suas atividades cotidianas passam a ser facilitadas com uma visão nítida, como práticas esportivas, direção automotiva, além de aumentara autoestima ao reduzir ou mesmo eliminar totalmente a dependência do uso de óculos corretivos. Outro benefício significativo é a liberdade nas situações sociais, como nadar ou se preparar para eventos, sem se preocupar com o uso de óculos ou lentes. A cirurgia oferece resultados que elevam a confiança e satisfação dos pacientes. Por ser um procedimento simples, o período pós-operatório é bastante tranquilo, permitindo um retorno rápido às atividades diárias. Além disso, ao optar pela cirurgia refrativa, você elimina os custos recorrentes de óculos e lentes, garantindo economia em longo prazo e dispensando os cuidados constantes necessários para mantê-los.
  • 22 – O grau pode voltar a aumentar após a cirurgia?
    Muitas pessoas hesitam em fazer cirurgia refrativa devido ao receio de que o grau possa voltar com o tempo. Se o grau não estiver totalmente estabilizado antes da cirurgia, é possível que o paciente experimente novamente problemas de visão, como miopia, astigmatismo ou hipermetropia. Isso ocorre porque a condição ocular pode continuar a progredir independentemente da cirurgia. É recomendável fazer um acompanhamento com um oftalmologista antes da cirurgia a laser. O especialista pode verificar se o grau está estabilizado e realizar os exames necessários para determinar se você é um bom candidato para o procedimento.
  • 23 - Quais as doenças oculares que contraindicam a realização da Cirurgia Refrativa?
    As doenças oculares mais comuns que contraindicam a cirurgia refrativa são: Ceratocone: Para pacientes com ceratocone, uma condição degenerativa que afeta a estrutura da córnea, tornando-a mais fina e cônica que o normal, a cirurgia refrativa é totalmente contraidicada. Essa doença é frequentemente encontrada em pessoas alérgicas que coçam os olhos excessivamente e costuma ser diagnosticada entre os 20 e 30 anos de idade. Ambliopia: Ocorre quando um olho não desenvolve visão normal, mesmo com o uso de óculos ou lentes corretivas. Isso geralmente se deve à falta de estímulo para o desenvolvimento do córtex visual durante a infância, muitas vezes associado a estrabismo ou diferenças significativas de grau entre os olhos que não foram corrigidas antes dos seis anos de idade. Embora pacientes com ambliopia possam realizar a cirurgia refrativa, ela não melhora a visão, pois o problema está no córtex visual, e não no erro de refração. Doenças autoimunes sistêmicas: Pacientes com doenças autoimunes sistêmicas, como Lúpus Eritematoso Sistêmico ou Artrite Reumatoide, podem estar entre aqueles que não são candidatos à cirurgia refrativa, pois essas condições podem causar uma reação inflamatória exacerbada, além de comprometer a cicatrização. Estudos indicam que a cirurgia deve ser evitada em pacientes com doenças do colágeno, incluindo, além do Lúpus e da Artrite Reumatoide, a Esclerose Sistêmica Progressiva, Dermatomiosite, Esclerodermia e Síndrome de Marfan. Diabetes: Pacientes diabéticos podem ter dificuldades na cicatrização e flutuações no grau de refração devido às variações nos níveis de glicose no sangue. Por isso, a cirurgia refrativa só é recomendada para esses indivíduos se a glicemia estiver bem controlada por um período prolongado. Catarata: A catarata, caracterizada pela opacificação do cristalino, é uma contraindicação para a correção refrativa a laser. Pacientes com catarata devem optar por tratamentos mais específicos e eficazes, como o implante de lente intraocular, que corrige o grau existente. O laser pode ser utilizado posteriormente, se necessário, para corrigir algum grau residual. Glaucoma: Indivíduos com glaucoma também devem evitar a cirurgia refrativa a laser, pois a mudança na curvatura da córnea pode afetar a pressão intraocular, geralmente reduzindo-a após a cirurgia. O tratamento do glaucoma deve ser feito separadamente, com cuidados especiais indicados pelo oftalmologista. Herpes Ocular: Pacientes com histórico de herpes ocular não são candidatos para a cirurgia refrativa, devido ao risco elevado de reativação do vírus, agravado pela agressão do laser e o uso de corticosteroides no pós-operatório. Gestantes e lactantes: Mulheres que estejam em período de gestação ou lactantes também não devem fazer a cirurgia, pois as alterações hormonais podem causar instabilidade no grau. Logo após o período de gestação e lactação, a cirurgia poderá ser realizada normalmente. Apesar disso, não deixe de procurar por um oftalmologista de confiança que possa avaliar seu quadro clínico e indicar os procedimentos mais adequados e personalizados para o seu caso. Informe-se e siga as orientações médicas para garantir os melhores resultados.
  • 24 - Os planos de saúde cobrem a Cirurgia Refrativa?
    A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determina a cobertura obrigatória da cirurgia refrativa pelos planos de saúde para a cirurgia refrativa nas técnicas PRK ou LASIK convencionais, em casos de miopia, hipermetropia e astigmatismo, desde que o paciente se enquadre em alguns pré-requisitos e critérios, como: - Ter mais de 18 anos e possuir grau estável há um ano. - Ter miopia moderada e grave: entre 5,0 a 10,0 graus. Em caso de astigmatismo associado, deve ter até 4,0 graus de astigmatismo. - Ter hipermetropia com até 6,0 graus. Em caso de astigmatismo associado, deve ter até 4,0 graus de astigmatismo. Vale ressaltar que, mesmo que somente um olho apresente o grau exigido como critério, a cirurgia deve ser realizada em ambos os olhos, obrigatoriamente. Esses parâmetros foram definidos levando em consideração os resultados clínicos observados nos quais o procedimento trouxe melhora considerável na qualidade de vida dos pacientes. As refrações são medidas através de cilindro negativo, padrão estipulado no Brasil. Mesmo que você não se enquadre nos critérios para a cobertura da cirurgia, pode fazer as consultas e a maior parte dos exames através do convênio (ou no caso de um prestador não credenciado, pedir reembolso). E isso também vale para os retornos.
  • 25 - Como é a recuperação após a Cirurgia Refrativa?
    A recuperação após a cirurgia refrativa varia de acordo com o paciente e o tipo de procedimento realizado, mas geralmente é tranquila quando todas as orientações pós-operatórias são seguidas corretamente. Embora a visão possa se estabilizar antes, a recuperação completa costuma levar cerca de três meses. Os primeiros 2 a 3 dias após a cirurgia requerem mais atenção, período em que é comum sentir ardência, sensação de areia nos olhos, lacrimejamento e visão embaçada, sintomas que melhoram gradualmente. Outros desconfortos, como olho seco, ofuscamento e sensibilidade à luz, também podem surgir, mas tendem a desaparecer com o tempo. Durante as primeiras duas semanas, é importante evitar esfregar os olhos e evitar grandes esforços. O tempo para retomar as atividades normais varia, mas a maioria dos pacientes pode voltar ao trabalho dentro de 1 a 3 dias, dependendo da natureza das tarefas. Exercícios leves, como caminhadas, podem ser retomados após cerca de 3 dias, mas é importante evitar qualquer contato direto com os olhos. Atividades físicas intensas, como esportes de contato, devem ser evitadas por pelo menos 2 a 4 semanas. A maioria dos pacientes pode dirigir no dia seguinte à cirurgia, desde que a visão esteja clara e confortável. O uso de eletrônicos, como celular, TV e computador, também pode ser retomado no dia seguinte, com a recomendação de fazer pausas regulares para evitar cansaço ocular. É fundamental seguir rigorosamente as recomendações do seu médico durante todo o período de recuperação. Embora alguns pacientes se sintam bem poucos dias após a cirurgia e possam relaxar nas precauções, isso pode aumentar o risco de complicações.
  • 26 - Existe uma idade ideal para realizar a Cirurgia Refrativa?
    Quando se trata de corrigir problemas refrativos, como miopia, hipermetropia, astigmatismo ou presbiopia, muitos se perguntam sobre o momento ideal para buscar tratamento. No entanto, essa decisão varia de acordo com cada indivíduo, dependendo de diversos fatores, incluindo idade, estabilidade da refração e saúde ocular geral. Problemas refrativos frequentemente começam a se manifestar na infância ou adolescência. Embora a cirurgia refrativa geralmente não seja recomendada para pacientes menores de 18 anos devido à instabilidade dos erros refrativos, é essencial monitorar e corrigir essas condições com óculos ou lentes de contato para garantir o desenvolvimento visual adequado. A faixa entre os 20 e 40 anos é frequentemente considerada a idade ideal para a cirurgia refrativa. A razão é que a maioria dos indivíduos nesta faixa etária atingiu uma estabilidade em sua refração e a saúde ocular geralmente está em boas condições. Para pessoas acima dos 40 anos que querem submeter-se à correção de miopia, astigmatismo ou hipermetropia, uma condição importante que precisa ser considerada é a existência de presbiopia, também conhecida como vista cansada. Na presbiopia a pessoa passa a ter o grau de perto diferente do grau para longe. Sendo assim, se a cirurgia refrativa corrigir o grau para longe, será necessário usar óculos para perto. Isso requer uma mudança no planejamento da cirurgia, que vai variar conforme o tipo de problema - miopia, hipermetropia ou astigmatismo e conforme as características e capacidade de adaptação de cada pessoa. A solução mais comum é fazer com que um dos olhos tenha boa visão para longe e outro fique melhor para perto, a chamada MONOVISÃO. O cérebro se ajusta para usar o olho adequado dependendo da necessidade visual e o paciente poderá ver bem tanto de longe quanto de perto sem necessidade de óculos. Existem diferentes técnicas de cirurgia refrativa e cada uma tem suas indicações, benefícios e limitações, e a escolha depende das necessidades e condições individuais do paciente. É importante discutir todas as opções com um oftalmologista especializado para tomar a melhor decisão.
  • 27 - Quantas consultas são realizadas no pós-operatório?
    Você será reavaliado no primeiro dia após a cirurgia. Geralmente, novas consultas são agendadas para uma semana, um mês e três meses após o procedimento. Caso sejam necessárias outras consultas, seu médico entrará em contato.
  • 28 - Quais doenças oculares que impossibilitam a cirurgia?
    Doenças oculares infecciosas em atividade (conjuntivite, blefarite, ceratite, úlcera de córnea, etc). Ceratocone, que é uma deformidade da córnea de origem, geralmente, familiar são contraindicadas. Essas doenças podem ser diagnosticadas pelos exames pré-operatórios. Outros tipos de doenças como sistêmicas, doença do colágeno, doença autoimunes, e imunodeficiências, também são contraindicadas. Mulheres grávidas ou que estão amamentando, não podem realizar o procedimento.
  • 29 - Quais os cuidados gerais no pós-operatório ?
    A maior responsabilidade nesse momento é do próprio paciente. Aqui estão algumas práticas essenciais para manter a saúde ocular no pós-operatório: Uso de colírios: Siga rigorosamente a prescrição médica para o uso de colírios, que geralmente incluem antibióticos, anti-inflamatórios e lubrificantes. Eles ajudam a prevenir infecções, controlar a inflamação e aliviar a sensação de olho seco; Proteção dos olhos: Utilize óculos escuros ao sair ao ar livre para proteger os olhos da luz intensa e dos raios UV, que podem causar desconforto e afetar a cicatrização. À noite, use uma proteção ocular fornecida pelo seu médico para evitar tocar ou esfregar os olhos durante o sono; Evitar esfregar os olhos: É fundamental não esfregar os olhos nas primeiras semanas após a cirurgia, pois isso pode interferir na cicatrização da córnea e aumentar o risco de complicações; Descanso visual: Evite atividades que exijam esforço visual intenso, como o uso prolongado de telas (computador, celular, TV) e leitura, nas primeiras 24 a 48 horas. Gradualmente, você pode retomar essas atividades conforme sentir-se confortável; Evitar contato com água: Nos primeiros dias, evite molhar os olhos diretamente, seja no banho ou ao lavar o rosto. É importante ter cuidado para evitar que água, sabonete, shampoo ou outros produtos entrem em contato direto com os olhos. É recomendado evitar piscinas, saunas e banheiras por cerca de 30 dias para minimizar o risco de infecção; Cuidados com o cabelo: É recomendável esperar pelo menos duas semanas antes de pintar ou realizar qualquer química nos cabelos, bem como fazer escovas. Durante esse período inicial, é melhor evitar qualquer atividade que possa expor os olhos a produtos químicos ou vapor, como tinturas de cabelo ou o calor de secadores e pranchas; Atividades físicas: Exercícios leves, como caminhadas, podem ser retomados após cerca de 3 dias, mas é importante evitar contato direto com os olhos. Atividades físicas intensas, como esportes de contato, devem ser evitadas por pelo menos 2 a 4 semanas; Alimentação: Sem restrições; Atividade Sexual: Sem restrições (mas cuidado com os olhos); Dirigir: a partir do dia seguinte ao procedimento ou quando sentir segurança para isso; Evitar maquiagem: Evite usar maquiagem nos olhos, como rímel, sombra e delineador, por pelo duas semanas, para prevenir infecções ou irritações; Acompanhamento médico: Compareça a todas as consultas de acompanhamento agendadas para monitorar a recuperação e garantir que a cicatrização esteja ocorrendo corretamente. É sempre importante seguir as orientações específicas do seu oftalmologista, pois ele pode ajustar essas recomendações com base no seu caso particular.
  • 30 - Quanto custa uma Cirurgia Refrativa?
    O valor da Cirurgia Refrativa pode variar de acordo com a clínica escolhida e o tipo de cirurgia indicado. O custo envolve a consulta de avaliação, exames oftalmológicos e a cirurgia em si, que abrange a sala cirúrgica, a equipe médica e os materiais necessários. Cirurgias como LASIK, PRK e SMILE personalizadas tendem a ter um valor mais elevado do que as versões convencionais, pois utilizam lasers com propriedades específicas ajustadas para cada paciente. Se tiver dúvidas sobre os preços, é importante comparar orçamentos para entender qual é a melhor opção do ponto de vista financeiro, evitando comprometer sua renda ao corrigir o grau cirurgicamente. Verifique também se o valor informado é para um ou ambos os olhos, pois isso pode fazer uma grande diferença no custo total. Lembre-se de que diversos fatores compõem o valor de uma cirurgia. Por isso, esclareça todas as suas dúvidas em relação ao preço, como exames incluídos, equipe médica, consultas e outros itens que possam estar envolvidos. Vale ressaltar que essas informações se aplicam a clínicas particulares. No caso de planos de saúde, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determina a cobertura obrigatória para as técnicas PRK ou LASIK convencionais em casos de miopia, hipermetropia e astigmatismo, desde que o paciente atenda a alguns pré-requisitos e critérios: - Ter mais de 18 anos e possuir grau estável há um ano. - Ter miopia moderada e grave: entre 5,0 a 10,0 graus. Em caso de astigmatismo associado, deve ter até 4,0 graus de astigmatismo. - Ter hipermetropia com até 6,0 graus. Em caso de astigmatismo associado, deve ter até 4,0 graus de astigmatismo. Vale ressaltar que, mesmo que somente um olho apresente o grau exigido como critério, a cirurgia deve ser realizada em ambos os olhos, obrigatoriamente. Se você possui assistência médica e está interessado na cirurgia refrativa, entre em contato com um dos especialistas listados na plataforma do seu plano de saúde para obter mais informações.
  • 31 - Qual o custo-benefício da Cirurgia Refrativa em relação ao uso de óculos ou lentes de contato?
    A cirurgia refrativa oferece um bom custo-benefício em relação ao uso de óculos ou lentes de contato, especialmente para quem busca uma solução permanente para a correção visual. Apesar do custo inicial mais alto, a cirurgia é um investimento único, ao contrário dos gastos recorrentes com óculos, troca de lentes e produtos de manutenção para lentes de contato. Em geral, a cirurgia passa a valer a pena financeiramente após 3 a 4 anos de sua realização. A conveniência também é um fator importante: após a cirurgia, muitos pacientes desfrutam de liberdade sem precisar usar óculos ou lidar com o desconforto e os cuidados associados às lentes de contato. Além disso, a cirurgia refrativa pode melhorar a qualidade de vida, facilitando a prática de esportes e atividades ao ar livre. No entanto, é essencial lembrar que nem todos são candidatos ideais para o procedimento. Embora óculos e lentes de contato apresentem menos riscos médicos imediatos, eles não oferecem a mesma liberdade ou conveniência. Em resumo, a escolha depende das preferências pessoais, do estilo de vida e das orientações médicas para garantir a melhor decisão.
  • 32 - Em quanto tempo poderei voltar a usar maquiagem após a cirurgia?
    Você pode usar maquiagem no rosto, como batom e base, imediatamente após a cirurgia. No entanto, para maquiagem nos olhos, como rímel, lápis e sombras, é geralmente recomendado esperar cerca de duas semanas antes de voltar a usá-la. Esse período é importante para evitar o risco de infecções ou irritações enquanto os olhos estão cicatrizando. Produtos como rímel, delineador e sombra podem aumentar o risco de complicações se usados muito cedo.
  • 33 - É permitido consumir bebida alcoólica após a cirurgia?
    Deve-se evitar o consumo de bebidas alcoólicas por 10, pois o álcool pode desidratar o corpo, o que pode interferir na lubrificação dos olhos e potencialmente afetar a cicatrização. Além disso, o álcool pode interagir com qualquer medicação que você esteja tomando, como colírios ou analgésicos, e aumentar o risco de efeitos colaterais.
  • 34 - Em quanto tempo após a cirurgia posso usar telefone celular, assistir televisão e usar o computador?
    Você geralmente pode começar a usá-los no mesmo dia ou no dia seguinte, desde que o faça com moderação. No entanto, é comum que os olhos fiquem mais sensíveis à luz e que você sinta algum desconforto visual, como visão embaçada ou cansaço ocular, especialmente nas primeiras 24 a 48 horas. Por isso, é importante fazer pausas regulares e evitar longos períodos de tempo em frente a telas nos primeiros dias.
  • 35 – A partir de quando estarei liberado para atividades sexuais após a cirurgia?
    Recomenda-se esperar pelo menos uma semana antes de retomar atividades sexuais. Isso ajuda a garantir que seus olhos estejam bem cicatrizados e a evitar qualquer potencial pressão ou esforço que possa afetar a recuperação.
  • 36 - Em quanto tempo estarei enxergando melhor após a cirurgia?
    Após a cirurgia, a melhora da visão é notável quase imediatamente. Em questão de horas, muitos pacientes já percebem uma significativa diferença, conseguindo, por exemplo, ler seu nome na escala cirúrgica e ver as horas em um relógio de parede. Apesar dessa rápida recuperação, é possível que você sinta uma névoa intensa, parecida com a de uma sauna úmida, que tende a diminuir ao longo do dia e pode desaparecer totalmente no dia seguinte. Durante o período de restabelecimento, é comum a ocorrência de reflexos nas luzes e imagens sombreadas temporariamente. A maioria dos pacientes é capaz de dirigir no dia seguinte, e a visão continua a melhorar nas semanas seguintes até estabilizar completamente.
  • 37 - Em quanto tempo poderei voltar a trabalhar após a cirurgia?
    O tempo pode variar dependendo do tipo de trabalho que você realiza e da sua recuperação individual. Em muitos casos, os pacientes podem retomar suas atividades de trabalho em um a três dias após a cirurgia, especialmente se o trabalho não exigir esforço físico intenso ou exposição a ambientes potencialmente irritantes para os olhos. Se o seu trabalho envolve longos períodos em frente a telas de computador ou leitura, é aconselhável fazer pausas frequentes para evitar o cansaço ocular. No entanto, se o seu trabalho envolver atividades físicas intensas, exposição a poeira, produtos químicos ou outras condições que possam irritar os olhos, pode ser necessário esperar um pouco mais antes de retornar.
  • 38 - Posso usar maquiagem após a cirurgia?
    Filtros solares e cremes hidratantes podem ser usados no rosto, poupando a região dos olhos e pálpebra, já no mesmo dia. Maquiagem dos olhos, como lápis e rímel, só poderão ser usadas após uma semana.
  • 39 - Por quanto tempo duram os resultados da Cirurgia Refrativa?
    Os efeitos do tratamento a laser são permanentes, mas seus olhos podem mudar com o tempo. Se alterações na visão ocorrerem com o tempo, uma nova aplicação de laser pode ser realizada, sendo tecnicamente mais simples do que a primeira cirurgia.
  • 40 - Podem surgir complicações após a cirurgia?
    A cirurgia refrativa vem sendo realizada há mais de 30 anos e as complicações documentadas resultantes do tratamento são mínimas. Foram relatadas queixas como ofuscamento, cicatrização tardia e brilho noturno (halos). Estas, porém, são raras e em quase todos os casos podem ser tratadas de forma adequada. Ao contrário dos métodos tradicionais, que envolvem o uso de lâminas ou outros instrumentos cirúrgicos, a cirurgia ocular a laser é minimamente invasiva e oferece resultados precisos e rápidos. A cirurgia ocular a laser exige, primeiramente, uma avaliação completa realizada por um oftalmologista que analise a saúde ocular, grau do problema de visão e elegibilidade do paciente para a cirurgia.
  • 41 - Tenho interesse em fazer a Cirurgia Refrativa, como devo proceder?
    1 – Marque uma consulta inicial: O primeiro passo é agendar uma consulta com um oftalmologista especializado em cirurgia refrativa. Durante essa consulta, o médico irá avaliar sua saúde ocular, realizar exames detalhados e discutir suas necessidades visuais, histórico médico e expectativas em relação à cirurgia. 2 – Realize os exames pré-operatórios: Se você for considerado(a) um(a) candidato(a) adequado(a) para a cirurgia refrativa, será necessário passar por uma série de exames pré-operatórios para determinar o tipo de procedimento mais adequado ao seu caso. Esses exames podem incluir medidas de refração, topografia corneana, paquimetria e análise da saúde ocular em geral. 3 – Escolha a técnica cirúrgica junto com o seu oftalmologista: Com base nos resultados dos exames, o oftalmologista irá recomendar o tipo de cirurgia refrativa mais adequado para você. As opções comuns incluem LASIK, PRK, LASIK com Femtosecond, SMILE ou implante de lentes intraoculares. O médico explicará em detalhes cada procedimento, seus benefícios, possíveis riscos e o que esperar durante o pós-operatório. 4 – Consentimento informado: Antes da cirurgia, você receberá um formulário de consentimento informado, detalhando todas as informações sobre o procedimento, seus riscos e possíveis complicações. Leia-o atentamente e esclareça todas as suas dúvidas antes de assiná-lo. 5 – Cirurgia refrativa: No dia da cirurgia, siga todas as orientações dadas pelo oftalmologista, como não utilizar maquiagem, remover lentes de contato e não comer ou beber algumas horas antes do procedimento. A cirurgia refrativa é geralmente rápida, com anestesia local, e envolve a remodelação da córnea para corrigir problemas de visão, como miopia, hipermetropia ou astigmatismo. 6 – Pós-operatório: Após a cirurgia, você receberá instruções específicas para o período de recuperação. É fundamental seguir essas orientações cuidadosamente, utilizar os colírios prescritos e evitar atividades que possam comprometer a cicatrização dos olhos, como esfregar os olhos ou praticar exercícios intensos. 7 – Acompanhamento clínico: É essencial comparecer às consultas de acompanhamento para que o oftalmologista possa avaliar seu progresso e realizar eventuais ajustes. Lembre-se de que essas são apenas informações gerais sobre como proceder para fazer uma cirurgia refrativa. É essencial continuar o atendimento com o especialista para obter orientações personalizadas, considerando suas necessidades individuais e condição ocular.
  • 42 - Ambos os olhos podem ser operados ao mesmo tempo?
    Sim, em muitos casos, o LASIK pode ser realizado em ambos os olhos no mesmo dia, permitindo uma recuperação mais rápida e simultânea. No entanto, no caso do PRK, é comum operar um olho primeiro e o segundo olho após cerca de uma semana. Isto deve ser discutido com o cirurgião. A maioria dos pacientes escolhe a cirurgia em ambos os olhos simultaneamente por conveniência.
  • 43 - Uso lentes de contato. Isto poderá afetar minha cirurgia?
    Sim, o uso de lentes de contato altera temporariamente a forma da córnea, o que pode influenciar nos resultados dos exames pré-operatórios e na precisão da cirurgia. Por isso, é geralmente recomendado que você suspenda o uso das lentes de contato antes dos exames e da cirurgia. O tempo necessário sem usar lentes de contato varia conforme o tipo de lente. Para lentes gelatinosas, a pausa costuma ser de cerca de uma semana, enquanto para lentes rígidas, pode ser necessário interromper o uso por duas a quatro semanas antes da avaliação. Seu oftalmologista fornecerá orientações específicas com base no seu caso.
  • 44 - Se eu uso óculos para longe e para perto (multifocal), eu posso fazer a Cirurgia Refrativa?
    Sim. A partir dos 40 anos a maioria das pessoas começa a apresentar a presbiopia, também conhecida como vista cansada. Nesse caso, a pessoa passa a ter o grau de perto diferente do grau para longe. Sendo assim, se a cirurgia refrativa corrigir o grau para longe, será necessário usar óculos para perto. A solução mais comum é fazer com que um dos olhos tenha boa visão para longe e outro fique melhor para perto, a chamada MONOVISÃO. O cérebro se ajusta para usar o olho adequado dependendo da necessidade visual e o paciente poderá ver bem tanto de longe quanto de perto sem necessidade de óculos. A escolha da técnica mais adequada depende das necessidades e condições individuais de cada paciente. Por isso, é essencial discutir todas as opções com um oftalmologista especializado para tomar a decisão mais informada e apropriada.
  • 45 - Até quantos graus a cirurgia pode corrigir?
    Diferentes graus de erros refrativos podem ser corrigidos, mas os limites dependem da técnica utilizada, das características individuais do paciente e da saúde ocular. A cirurgia refrativa a laser é geralmente indicada para pessoas com até 10 graus de miopia e até 6 graus em casos de hipermetropia e astigmatismo. Quando ela é contraindicada, seja devido à espessura da córnea ou a alguma condição pré-existente, existem outras opções para a correção do grau, como o implante de lentes fácicas. Nesse procedimento, uma lente é implantada dentro do olho, sem a remoção do cristalino, que é a lente natural do olho. A avaliação feita por um oftalmologista é essencial para determinar a melhor abordagem com base na condição específica de cada paciente.
  • 46 - Se eu fui operado com bisturi de diamante há alguns anos e estou precisando usar óculos novamente, é possível realizar agora uma Cirurgia Refrativa a Laser?
    Sim, no entanto, é necessário passar por uma avaliação criteriosa com um oftalmologista especializado. Ele irá examinar a condição atual da sua córnea, verificar a espessura e curvatura corneana, e avaliar a saúde geral dos seus olhos para determinar se a cirurgia a laser é uma opção viável e segura no seu caso.
  • 47 - Se não houver uma correção desejada com a cirurgia, é possível fazê-la novamente?
    Sim, é possível realizar uma segunda cirurgia refrativa, chamada "retoque," se a correção desejada não for alcançada na primeira. No entanto, isso depende de fatores como a espessura da córnea, a estabilidade da visão, o tipo de cirurgia inicial e as expectativas do paciente. Geralmente, é necessário esperar 3 a 6 meses após a primeira cirurgia para considerar um retoque. Embora o retoque possa melhorar a visão, envolve riscos e deve ser avaliado cuidadosamente pelo oftalmologista.
  • 48 - O meu grau vai zerar com a cirurgia?
    A certeza de que o grau vai zerar depende de vários fatores, principalmente da cicatrização individual de cada paciente. Na maioria dos casos, as pessoas podem ficar um pouco míopes ou levemente hipermétropes, mas isso não significa que a qualidade da visão será ruim. O objetivo da cirurgia refrativa é reduzir a dependência de óculos. Embora em alguns casos possa ser necessário usar óculos para atividades específicas, como dirigir à noite ou ler legendas de cinema, a grande maioria dos pacientes não precisará de óculos para o dia a dia.
  • 52 - Por quanto tempo devo usar óculos escuros após a cirurgia?
    O uso de óculos escuros com proteção ultravioleta é imprescindível, uma vez que a radiação ultravioleta interfere na cicatrização, podendo modificar o resultado da cirurgia. Aconselha-se o uso de óculos escuros por um mês, tanto para ambientes abertos quanto fechados, pois as lâmpadas fluorescentes também emitem radiação UV. Após esse período, é indicado o uso por três meses para ambientes abertos e durante um ano em situações de muita exposição solar.
  • 53 - Existe alguma restrição quanto à alimentação após a cirurgia?
    Não. Não há evidências de que algum interfira no processo de cicatrização. No entanto, é aconselhável manter uma alimentação saudável e balanceada para promover uma boa recuperação. Também é importante evitar alimentos que, anteriormente, causaram algum problema específico ao paciente.
  • 54 - Posso abaixar a cabeça após a cirurgia?
    Sim, não haverá qualquer problema.
  • 55 - Posso tomar banho de chuveiro, fazer escovas e tingir os cabelos após a cirurgia?
    Nos primeiros dias após a cirurgia refrativa, você pode tomar banho de chuveiro, mas é importante ter cuidado para evitar que água, sabonete, shampoo ou outros produtos entrem em contato direto com os olhos, para minimizar o risco de irritação ou infecção. Quanto a fazer escovas e tingir os cabelos, é recomendável esperar pelo menos duas semanas antes de realizar esses procedimentos. Durante esse período inicial, é melhor evitar qualquer atividade que possa expor os olhos a produtos químicos ou vapor, como tinturas de cabelo ou o calor de secadores e pranchas. Além disso, se for necessário ir a um salão de beleza, avise ao profissional sobre sua cirurgia recente para que ele possa tomar precauções adicionais. É sempre importante seguir as orientações específicas do seu oftalmologista, pois ele pode ajustar essas recomendações com base no seu caso particular.
  • 57 - Posso nadar ou fazer sauna após a cirurgia?
    É recomendado esperar pelo menos 30 dias após a cirurgia antes de nadar ou fazer sauna. A água, especialmente em piscinas, pode conter bactérias e outros irritantes que aumentam o risco de infecção ou irritação nos olhos recém-operados. Além disso, o calor e a umidade da sauna podem interferir na cicatrização da córnea e aumentar o risco de complicações.
  • 58 - O que sentirei após a cirurgia?
    Nas primeiras horas após a cirurgia refrativa, é comum sentir uma leve ardência, sensação de areia nos olhos ou lacrimejamento, para os quais a prescrição de colírios é indicada para o alívio dos sintomas. A visão pode ficar borrada, especialmente no dia seguinte, quando será necessário retornar ao oftalmologista para o exame pós-operatório. Outros efeitos que podem ser percebidos, mas que costumam desaparecer em pouco tempo, incluem comichão, sensação de olho seco, ofuscamento, halos ou estrelas ao redor de pontos de luz e sensibilidade excessiva à luz. Dependendo da técnica utilizada poderá ser necessário o uso de anti-inflamatório ou analgésico por via oral por poucos dias. Entretanto, a maioria dos pacientes evolui muito bem e relata bem-estar.
  • 60 - Poderei dirigir sozinho para casa após a cirurgia?
    É recomendado que um amigo ou membro da família possa levá-lo para casa após a cirurgia. Geralmente no dia seguinte à realização da cirurgia o paciente é liberado para voltar a dirigir.
  • 61 - Ambas as técnicas PRK e SMILE não exigem a criação de um flap na córnea, mas quais são as principais diferenças entre elas?
    Apesar das duas não requerem a criação de um flap corneano, existem diferenças importantes entre elas. Na PRK, a camada superficial da córnea (epitélio) é removida, permitindo que o laser remodele diretamente a curvatura da córnea. A recuperação pode ser mais lenta e envolvida de maior desconforto, pois o epitélio precisa regenerar-se, o que pode levar alguns dias. A visão final pode demorar semanas para estabilizar. A PRK é indicada para pacientes com córneas finas ou com maior risco de trauma ocular, como atletas, já que não há risco de complicações associadas ao flap, que pode ocorrer em outras técnicas, como o LASIK. No entanto, o período de recuperação é mais longo e desconfortável. Por outro lado, o procedimento SMILE utiliza o laser de Femtosecond para criar um pequeno disco de tecido (lentícula) dentro da córnea, que é removido por uma pequena incisão, sem a necessidade de remover o epitélio ou criar um flap. Isso resulta em uma recuperação mais rápida e com menos desconforto em comparação com a PRK, com melhora visual inicial logo após a cirurgia, embora a estabilização total da visão também possa levar alguns dias ou semanas. A SMILE é particularmente indicada para a correção de miopia e astigmatismo, mas é menos eficaz para tratar hipermetropia, enquanto a PRK pode corrigir uma variedade maior de erros refrativos. Em resumo, a principal diferença entre as duas técnicas está no procedimento: a PRK envolve a remoção do epitélio, enquanto o SMILE remove um lentículo sem afetar o epitélio ou criar um flap. A recuperação também varia, sendo mais rápida e menos dolorosa no SMILE. Ambas são ótimas opções para quem deseja evitar as complicações do flap corneano, mas a escolha ideal depende do tipo de erro refrativo e do perfil do paciente.
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